Como é ter uma música

Ei, pessoas! Tudo bem? Escrevi esse post antes de lançar meu EP. Tive a ideia depois de ouvir ele e achei que seria legal compartilhar co...


Ei, pessoas! Tudo bem? Escrevi esse post antes de lançar meu EP. Tive a ideia depois de ouvir ele e achei que seria legal compartilhar como é a sensação de ter uma música própria.


Como tinha muito post sobre a vida de comissário, pensei em falar sobre alguma coisa diferente dessa vez. Pra fazer uma música, basicamente tem um passo a passo (que pode ter algumas etapas alteradas de ordem). A questão é que as etapas não mudam. *Vale lembrar que cada artista tem o seu jeito, facilidade em algo diferente, etc. Por isso vou contar pra vocês como foi o processo de gravar meu EP, como eu preferi fazer e como deu certo pra mim.

Ter a ideia - Um pouco de flashback: Eu já tinha feito uma música antes, em 2011, quando ajudei meu primo/parceiro e produtor a compor para um concurso. Eu hoje não faço ideia de onde veio a ideia da música, mas acabou se tornando meu primeiro single em 2015 porque eu gostei dela demais. Neste mesmo ano, resolvi escrever novas. Eu havia passado por um bocado de "relacionamentos" que precisavam ir pro papel. Com isso, peguei outras situações da minha vida e, quando vi, tinha uns 22 arquivos no word (teve até música sobre filme! - eu tava inspirada).

Escrever a letra - A minha maneira de escrever começa com frases soltas, não necessariamente já rimando ou tendo conexão entre si. Não me prendo em uma só e só vou pra próxima quando termino. Quanto mais ideias vou tendo, vou criando novos arquivos e adicionando frases conforme elas vão surgindo. E, logo que tu começa a escrever, tu engata a marcha e consegue encher folhas e mais folhas. Pra mim, de início, nunca me preocupo com rima e frases cantáveis, apenas anoto ideias e coisas que quero falar ou que precisam estar na música.

Dar um nome - Essa etapa eu pessoalmente adoro. Tiveram músicas que de cara eu já definia o nome, outras eu escolhi depois de estarem prontas, mas também aconteceu de eu escolher um nome e daí criar a música em cima, enfim. Pra mim varia bastante. Outra coisa que fizemos (eu e o Samuel - meu primo) foi ir no Spotify pesquisar os nomes das músicas que eu escolhi pra ver se tinham muitas com o mesmo nome já (isso pode ser ruim porque daí é mais difícil de encontrar a tua música no meio de quinhentas iguais).

Criar melodia e harmonia - Tenho sorte de ter o Samuel comigo nessas horas. Ele manja muito de melodia e harmonia (já eu não entendo piciroca nenhuma), então essa parte depende do teu conhecimento. A gente costumava gravar tudo em áudios no celular pra não perder nada que a gente falou. Vai que alguma ideia cantarolada ficou legal e a gente esquece?! De jeito nenhum. Para a gravação e volta lá pra ouvir. Assim fica mais fácil e seguro pra rolar um brainstorming legal. Também foi a fase mais cansativa. A gente ficava horas sentados na frente do computador, às vezes olhando sem ter ideia nenhuma.

Gravar - Essa parte é a minha favorita. Ver a música tomando forma, se soltando no estúdio, procurando o melhor jeito de cantar cada frase, suave em uma parte, forte em outra, enfim. É a hora de testar tudo, se desafiar. Fora que tu vê se a ideia que tu teve realmente vai funcionar, ou se tu quer muito reproduzir a ideia e vai fazer de tudo pra conseguir. Se for com banda, é legal acompanhar eles gravando também, às vezes eles precisam de uma opinião tua e se tu tiver ali pessoalmente é mais fácil de entender.

Mixar - Agora é tudo com o produtor, a não ser que tu entenda de mixagem. Eu não participei muito disso, mas quando ele tinha uma ideia ele me mandava pelo WhatsApp pra me mostrar, perguntar se eu gostava. Teve um dia também que tivemos a ideia juntos e ele fez na hora o efeito. Foi legal ver a ideia tomar forma, mas acompanhar toda a música sendo mixada leva tempo e é meio cansativo pra quem tá só olhando. Ter a surpresa de ver o resultado dela pronta é mais legal.

Criar capa - Músicas prontas, vem a parte mais difícil. Criar uma identidade visual que resuma a capa do álbum numa foto. Por mais que exista aquela frase "não julgue o livro pela capa" ela também vale pra um CD e as pessoas fazem isso. Eu mesma faço! Por isso acho tão importante a capa. E se se arrepender, não tem volta. Dá um medinho que só.

Colocar nas plataformas - Ufa. Pronto. Tudo decidido, resolvido (ou não hehe). Vai na cara e na coragem mesmo. É hora de escolher a distribuidora digital que vai colocar as músicas nas plataformas por ti. Eu escolhi a CD Baby, mas pesquisando encontrei a LANDR e a ONErpm. Devem ter muitas outras mais. Enfim, pesquise, escolha com calma. É muito importante escolher uma que tu te identifique e que te represente. Aí é só colocar tua música lá, selecionar a data e pagar. O resto eles fazem por ti. Ah, importante falar que é bom fazer isso com um mês de antecedência pra não arriscar dar nada de errado. O processo é lento também.

Divulgar - Não deixe pra produzir o material de divulgação na semana do lançamento. No meu caso, eu escolhi divulgar no início do mês, 20 dias antes. Dá tempo de deixar o pessoal curioso e de estudar a reação deles, planejar o feed do Instagram, etc. Tem muitas ideias legais pra divulgar músicas na internet. Pense com calma, conheça teu público, faça brainstorming.

E aí está. Tu pode fazer anúncios também. Tem muitas redes pra divulgar, mas hoje em dia a que mais vai te ajudar é o Instagram. Eu foquei bastante nele e postei no Facebook também porque ainda tem bastante gente que usa. Com um mês de lançamento meu álbum foi ouvido quase 900 vezes. Podia ter sido mais? Podia. Mas foi muito bom e fiquei bastante satisfeita com o resultado.

Espero ter ajudado e inspirado quem tem um medinho que nem eu de lançar um álbum ou uma música e não faz ideia do processo todo.

Nos vemos terça! Até breve ;*

Ah! E ouçam meu EP clicando nesse link aqui ou clicando no player abaixo:

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