Beyond

Em 2023, numa realidade distante na qual a pandemia acabou, Taylor Swift já terminou a tour Lover/folklore e está divulgando seu novo álbum,...

Em 2023, numa realidade distante na qual a pandemia acabou, Taylor Swift já terminou a tour Lover/folklore e está divulgando seu novo álbum, o TS9. Ela está com quase 35 anos. Preparados pra nova era? Vem aí, beyond, novo álbum de Taylor Swift!                                                                                                                                                                                                                  

Ei, pessoas! Tudo bem? Eu to muito ansiosa pra esperar quarta-feira pra postar, então o post dessa semana vai sair na terça porque sim :)

Nesse último domingo (13/9) participei do 1º Encontro Nacional de Swifties do Brasil, promovido pelo Swift World Brasil chamado Família Swift Brasil. O encontro foi muuuuito legal, conheci swifties de todo o país, teve vários jogos, dinâmicas e até uma atividade em grupo. Essa última consistia em criar o TS9 do zero. Estética, conceito, tracklist, capa e prólogo. Em 30min!

Fomos divididos em grupos e eu fiquei no "Mirroball". Com 9 participantes, começamos a debater e eu me responsabilizei por fazer a capa e a contracapa do álbum, mas como eu tinha pouco tempo, não consegui fazer nada do que eu realmente queria então ficou super simples. Mas o conceito, a ideia, todo o resto ficou muito bom! Infelizmente, nosso grupo não ganhou a atividade, mas ganhamos novas amizades e uma ideia que ficou na minha cabeça durante a noite toda. Eu precisava desenvolver melhor esse álbum. Com tudo que tem direito. Calma. Quase tudo.

Eu vou colocar os créditos aos "mirrorballers" no final desse post. Foram eles que trouxeram toda a ideia, eu só peguei e adaptei.

Bom, vamos começar.

CONCEITO:

Álbum visual, maduro, sobre ela estar lidando com questões de ter 30 anos. Ansiosa pelo que está por vir, nostálgica. É sobre o que está por vir e não mais ficar falando sobre o passado. Mesmo ela gosta de trabalhar com a história dela, ela não deixa de esquecer o passado mas vai contar sobre os medos do futuro agora que passou dos 30 e é oficialmente uma adulta (de acordo com alguns estudos).

SONORIDADE:

O discreto do acústico com o brilho do pop aparecendo de leve, voltando às origens country, com muito violão, gaita e até o nosso querido banjo de volta. 

REFERÊNCIA:

Na história antiga tem a Era Dourada/Era de Ouro/Idade de Ouro, que deriva da mitologia grega e lendas. Se refere ao mais antigo período do espectro grego das idades de Ferro, Bronze, Prata e Ouro, ou ao tempo no início da humanidade, que foi percebido como um estado ideal, ou utopia, quando o gênero humano era puro e imortal. (Eu até pensei em trocar o nome do álbum pra "golden age" mas me apeguei muito ao "beyond" e deixei "golden age" apenas como música, mas ela vai ser single, não podia deixar um visual tão lindo de fora né!). Assim, Taylor usa a Era Dourada como referência ao seu novo estado atual: 30 anos, poderosa, emponderada, militante, feminista e todo o resto. É a melhor fase dela. A fase de ouro.

PRÓLOGO:

*Pra quem não sabe, Taylor escreve sempre um prólogo que, inclusive fui pesquisar pra explicar pra vocês e olha o que encontrei:
substantivo masculino
  1. 1.
    HISTÓRIA DO TEATRO
    no antigo teatro grego, a primeira parte da tragédia, em forma de diálogo entre personagens ou monólogo, na qual se fazia a exposição do tema da tragédia.
  2. 2.
    POR EXTENSÃOTEATRO
    em uma peça teatral, cena ou monólogo iniciais, em que ger. são dados elementos precedentes ou elucidativos da trama que se vai desenrolar.

Coincidência né? Pois bem, o prólogo do álbum foi escrito pelo Matheus e pela Isabella.

Foi em um piscar de olhos. Quando percebi, já não era mais a menina que começou a escrever canções porque se sentia sozinha na escola. Também não era mais a vítima das circunstâncias que era impostas em mim. Ao mesmo tempo não era a bruxa que me pintaram. Ao longo dos anos, como uma mulher que cresceu nessa indústria e teve que lidar com o machismo, misoginia e indiferença, eu tenho refletido bastante sobre minha dor, minha carência, meus desejos e principalmente sobre amadurecimento. Um dos pontos que eu venho trabalhado nesse último ano é aprender a lidar comigo mesma e a tentar me conhecer melhor, talvez por esses motivos eu sinta que minhas madrugadas são tão ocas. Estou sozinha com a pessoa mais ríspida de todas: eu mesma. Tenho aprendido bastante com tudo isso nos últimos tempos e venho tentando encontrar minha melhor parte no meio dessa bagunça na minha cabeça. Esse álbum fala sobre isso: meu amadurecimento e desenvolvimento como uma mulher que vai ainda mais além.

TRACKLIST:

*Eu mudei bastante a tracklist original que meu grupo criou, aumentei a quantidade de músicas e adicionei uma faixa bônus pra versão deluxe. Outra coisa que criei foi uma breve explicação sobre o que cada música trata. Mudei também as participações especiais (feats.) para ser mais country e não tão pop.

Irregular patterns: sobre ser sempre surpreendida com o amor, por isso que ela gosta tanto de se apaixonar, sempre é uma novidade, mesmo com 30 anos. Ela gosta de descobrir a irregularidade nesses padrões do amor.

Glass: sobre os laços frágeis entre nossos relacionamentos, como vidro.

Beyond: sobre ter que se reinventar, uma mulher que depois dos 30 começou a se sentir desconfortável dentro da própria existência.

Sunset: sobre calmaria e estar vendo o pôr do sol como seu amor numa praia e sentir que na verdade isso é tudo que tu precisava ter.

Golden age: sobre ser a melhor época que ela está vivendo.

30th: sobre desafios que surgiram assim que ela fez 30, todo o peso da idade, ainda mais responsabilidades, mas de uma forma divertida, alegre, curiosa, que nem 22.

Emotional mistakes: sobre errar por pensar demais com a emoção e não a razão, mas que errar faz parte, e ela aprende com isso e corre atrás pra corrigir (mesma ideia de this is me trying).

Fears: sobre os medos dela, muitos, incontáveis. Ela se abrindo como uma mulher imperfeita, um ser humano e não um robô. Ela tem sentimentos, problemas pessoais, ela também tem uma vida fora das câmeras. Medo do casamento, da industria descartar ela, de ter filhos, de ser obsoleta/ultrapassada como mulher +30, de ter que mudar quem ela é (mesma ideia de the archer).

Wine: sobre as mulheres e boicotes da indústria. Porque vinho só fica melhor com o tempo. Sobre mulheres que criticaram o machismo na indústria (feat. Kelsea Ballerini).

Forget or forgive: sobre como ela tenta esquecer todas as tretas que ela foi envolvida, porque não leva a nada, mas que nunca vai perdoar (you forgive, you forget but you never let it go).

The closet: sobre a história de um homossexual se descobrindo, se aceitando e finalmente perdendo o medo de se asumir, sem se importar mais com o que os outros vão falar.

Infatuation: segunda música mais romantiquinha do álbum sobre um casal de adolescentes perdidamente e cegamente apaixonados, que nessa fase da vida a gente não pensa muito, só se joga de cabeça e acaba se machucando no final (an intense but short-lived passion or admiration for someone or something. The thrill of infatuation).

Cats: uma brincadeira com o fato de que ela às vezes queria largar tudo e ter a vida de um gato, música bobinha, divertida (mesma ideia de gorgeous).

Underground: sobre a pressão que todos fazem sobre ela, mídia, cobranças, ter que ser sempre melhor, sempre surpreender.

Timeless: achei que precisava ter uma música pros swifties, falando que o amor mútuo é eterno, nunca vai morrer, nunca vai acabar.

Rain's whispers: meio que a ideia de I Almost Do, Come In With The Rain. A personagem sente falta dele, mas ele se foi, eles tão separados, mas ela ainda consegue ouvir ele pelos sussurros da chuva (feat. Little Big Town).

12/13/89: sobre o conceito de família, como família pode se manifestar de diferentes formas, sobre as raizes dela, gratidão pela educação, suporte, apoio, por sempre acreditarem nela.

Belong: Não é mais sobre alguém pertencer à ela (You Belong With Me) mas sim sobre ela pertencer à algum lugar, encontrar o espaço dela, sem precisar competir com mais ninguém, coisa que ela só sentiu que encontrou agora aos 30 anos.

Air: clean 2.0, sobre finalmente poder respirar depois de tanto drama, soltar o ar que estava prendendo por tanto tempo, tirar o peso das costas.

BONUS TRACK:

My escape: sobre o Joe ser o escape dela, a rota de fuga quando tudo tá ruim, ela corre pros braços dele e tudo fica bem de novo

PARCERIAS, PRODUTORES E MIXAGEM:

Como pôde ser observado acima, o álbum conta com duas grandes participações do mundo do country: uma com a grande amiga da Taylor, Kelsea Ballerini, e outra com a banda Little Big Town (para qual a Taylor compôs Better Man). Mas, além dos feats. eu achei importante e legal falar sobre os produtores do álbum. Não dá pra ver muito bem na foto, mas eu até coloquei o nome deles na contracapa kkk dedicada. Claro que eu, mera pessoa que não conhece muito do mundo de produtores, pesquisei e escolhi o que mais gostei, então não me julguem. Não sei quem a Taylor escolheria, óbvio. Então ficou assim:

Jack Antonoff o fiel escudeiro da Tay, Joey Moi (um produtor canadense de discos, engenheiro de áudio, mixador, compositor e músico. É conhecido por seu trabalho com os grupos de rock Nickelback e My Darkest Days, e os artistas de música country Chris Lane, Dallas Smith, Flórida Georgia Line, Jake Owen e Morgan Wallen) e Ross Copperman (cantor, compositor e produtor americano indicado ao Grammy, com 20 sucessos de rádio número um. Após sua experiência como artista no Reino Unido, Copperman descobriu seu talento para escrever e produzir música country). Pra mixagem escolhi o Julian King (engenheiro de gravação e de mixagem, produtor musical e músico, com sede em Nashville, Tennessee. Em uma capacidade ou outra, ele esteve envolvido com registros que venderam mais de 100 milhões de unidades).

Enfim, como falei, eu não tenho conhecimento nenhum, mas eles parecem ser o mais fodas do mercado e, como a Taylor tá num nível foda pensei em "investir" em profissionais do nível. Não preciso dizer que a Taylor é a produtora executiva e produtora da coisa toda né. Girl boss que fala.

CAPA:

Como o nome favorito era "beyond" a ideia ideal de capa era a Taylor dirigindo, olhando no espelho retrovisor do carro. Quando eu montei a foto pensei que, na verdade, ela ficaria perfeita na verdade pra contracapa. Então pra capa, escolhi uma estrada com um céu bem estrelado, onde o carro vai em direção à luz, à algo novo, desconhecido. Um caminho que vai além do que a Taylor já conhece, mas que ela finalmente está segura, mesmo com medos, pra ir.

CONTRACAPA:

No verso do CD então vemos a Taylor dirigindo, deixando tudo pra trás, mas olhando pro retrovisor sem esquecer de quem ela é e foi. Ela não está se reinventando, mudando. Ela finalmente está se permitindo ser quem realmente é. Focada no que vem a seguir.

Então, agora, conheçam finalmente a frente e o verso do TS9 "beyond". Eu não manjo muito de photoshop, mas acho que eu arrasei. Logo depois vem a edição pra mostrar como seria o CD. Pensei em algo básico, como as estrelas que são as estrelas da capa se destacam bastante na capa.


Bom, basicamente é isso. Não fiz o encarte todo porque pelamor kkk muita coisa, fora que não compus as músicas então não tenho ideia de como fazer sem isso. Acho que consegui falar de tudo. Ficou um post longo pra caramba, mas eu to muito empolgada. Amei participar desse processo criativo. Amei quando montei meu EP e não vejo a hora de planejar um ainda maior, talvez até um CD. Enfim, sonhos né e essa pandemia não ajuda a gente também rs.

E aí? Digno de ALBUM OF THE YEAR???

Espero que tenham gostado tanto quanto eu. Comentem muito! Quero ouvir críticas, sugestões, análises, outras ideias, clipes, etc. Esse brainstorming é muito legal!!! Obrigada ao Família Swift Brasil que teve essa ideia louca e genial. Me inspirou demais a trabalhar esse meu lado criativo. Um beijo grande pra todos os que estavam no 1º Encontro e um especial ao meu grupo de mirrorballers. Amei trabalhar com vocês <3

É isso. Vejo vocês no próximo post. Até breve!

Pra terminar, fiquem com um antes e um depois bombástico


O grupo Mirrorball consiste nos seguintes participantes:

Isabella, Sara, Débora, Patrícia, Isa Guilherme, Stella, Matheus, Antonio Caylon e eu :)

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