Assessment Day Emirates 2019

Ei, pessoas! Tudo bem? Queria não estar tendo que escrever esse post. Queria eu ter sido aprovada na Final Interview ano passado e estar ...


Ei, pessoas! Tudo bem? Queria não estar tendo que escrever esse post. Queria eu ter sido aprovada na Final Interview ano passado e estar em Dubai hoje, porém não. Lá fui eu dia 6/04 fazer o Assessment Day de novo.


A rotina que eu tenho antes da seleção já é conhecida por aqui (se tu é novo aqui - bem-vindo! - leia esse post pra ficar por dentro). Dessa vez não foi diferente. Por mais que meu ritual tenha sido bem mais intenso na parte de tentar dormir, foi um completo desastre. Dormi umas cinco horas. 5h30 tava de pé. Me arrumei like the flash, cabelo, maquiagem, roupa e café da manhã. 6h45 tava no uber.

O OD rolou em várias partes de SP, mas o AD aconteceu no mesmo hotel que o ano passado. Melhor pra mim, já sabia chegar lá e estava familiarizada como local. Cheguei lá 7h20. 8h20 começaram os recolhimentos de fotos e currículos e distribuição de números. Tudo igual. Ao todo tinham 73 candidatos (2 faltaram). Vários conhecidos de outros carnavais (a Lari, Barbara e Caline que fizeram a FI e a Lenita que fez o OD e AD comigo).

Beleza. Tudo certo. Eu tava nervosa pra caramba. Mais do que ano passado. Acho que a pressão que eu sentia de estar fazendo a seleção de novo pesou muito. Familiares, amigos, seguidores, todos com altas expectativas, afinal eu já conhecia a seleção, certo??

Errado. Quando a recrutadora de Dubai chegou (não era a mesma do ano passado - inclusive, sdds Carol rs). Às 9h ela deu a palestra sobre Dubai, benefícios, prós, contras, salário, etc, aqueles videozinhos do site que todos conhecemos. Abriu pra perguntas no final (me surpreendi com as perguntas inteligentes que fizeram, não foi nada vago e forçado, foi bem interessante) e nos liberou às 9h45 pra começar a primeira dinâmica.

Eu era o número 50, fiquei no segundo grupo. Era sentar e esperar. O primeiro grupo entrou às 10h e saiu 10h30. Foi aí que começou os burburinhos e ouvi o que eu já estava me preparando psicologicamente pra ouvir: a dinâmica mudou. Não era a mesma do ano passado. Eu sabia que estava diferente porque me falaram que o OD tinha mudado um pouco. Eles estão mais exigentes. A peneira ficou mais fina, o funil mais apertado.

Dez minutos depois foi a nossa vez. Se eu já estava nervosa, nessa hora eu tava quase caindo de joelhos. Entramos na sala onde um círculo enorme de cadeiras nos aguardava. O grupo de 35 pessoas sentou e a recrutadora - Silca, ou algo do tipo - explicou como ia funcionar. Cada dupla iria ganhar um cartão com uma figura e quatro perguntas no verso. A dupla deveria debater todas, e no fim cada pessoa escolheria uma pergunta pra responder pro grupo.

Eu e a Mariana (minha dupla) pegamos uma imagem que mostrava três homens nas poltronas do avião com um notebook, um deles segurava uma caneta, outro um óculos, e eles conversavam. As perguntas eram "quem ou o que eles parecem ser" "como comissário quais seriam as tuas responsabilidades" "o que tu faria pra tornar a experiência deles ainda mais inesquecível" e outra que não lembro mais.

Enquanto todos debatiam, a recrutadora dava a volta na roda por trás da gente nos ouvindo conversar, nos olhando, estudando, com os currículos na mão. Conversando com a Mariana, nós apresentamos uma pra outra o que a gente falaria na hora, pra não fazer feio. Tava tudo certo, as ideias eram boas, e entramos num acordo bem rapidinho.

Depois de uns 10min (não faço ideia) a Silca pediu pra cada um levantar mostrar a imagem, ler a pergunta que escolheu apresentar e dar sua resposta. E assim foi, um por um. Teve gente que leu outra pergunta até perceber que não leu a sua, gente que respondeu sem falar qual pergunta era, gente que falou mais do que devia, inglês bom, inglês péssimo, muito sorriso, pouco sorriso, enfim, teve de tudo.

Chegando na minha vez, eu agora parando pra lembrar é muito estranho porque parece que eu desliguei, estava fora do meu corpo. O que ensaiei com minha dupla foi pros ares, o nervosismo foi extremo. Tentei sorrir, lembrar do que eu ia falar e não desmaiar. Sentei e fiquei pensando que m que tinha acontecido. Mas a ideia tinha sido dada, falei claro, alto, só estava bem aparente que eu tava nervosa. E foi isso.

No final de todos terem falado sua ideia, ela agradeceu, pediu que a gente tivesse paciência porque ela iria precisar de um tempo pra decidir quem passaria ou não. Agradeceu a todos que vieram e enfatizou praqueles que não conseguissem não desistissem e tentassem de novo. 11h10 estávamos todos no lobby e ela sozinha na sala olhando os currículos e escrevendo.

Foram os piores 25min. É um tempo que a gente fica pensando se o que fez foi certo, que queria uma máquina do tempo pra voltar, mas daí tu cansa do pessimismo então pensa em ser otimista e se preparar pra próxima fase, mas ao mesmo tempo tem medo de se iludir,... É tanta coisa rolando na cabeça que tu fica louco das ideia.

Quando ela apareceu pra entregar os números aprovados, eu comecei a orar. Os números chamados eram pra ir pra uma outra sala e os não chamados deveriam ficar. Não prestei atenção na primeira chamada e fiquei. Quando o Marcelo repetiu e eu vi que o meu não foi chamado, fiquei meio desolada. Tinha muita gente ali. Eu tinha o feeling de que a gente era o grupo que ia pra casa. E de fato, ele agradeceu nossa presença e pediu que nós voltássemos em seis meses pra tentar de novo.

Olhei pras meninas que estavam comigo (que também estavam tentando pela segunda vez) e ficamos sem saber o que falar. Eu não tinha ideia do que era ser reprovada nessa fase. Ano passado foi tão "fácil" pra mim. Fui passando sem nem um momento olhar pra trás. E dessa vez, eu estava atrás. Não foi fácil. Eu não fiquei mal, mas estava mal de não ter tido a oportunidade de mostrar mais de mim. Uma simples frase foi capaz de me eliminar. A gente tem segundos pra mostrar todo o nosso potencial. Sinceramente eu não sei muito bem o que pensar sobre isso.

Desci as escadas junto com o pessoal e me senti numa eliminatória de BBB (exceto que não tinha meus pais pra me abraçar na saída). Fora do hotel, ninguém conversava direito, estávamos abalados. Me despedi das gurias, combinamos que voltaríamos e fui pegar meus dois ônibus. Tive duas horas de viagem (sábado os ônibus passam com menos frequência) pra pensar, refletir, maturar a ideia. Estar sozinha na reprovação foi desafiador por não ter ninguém pra conversar mas tentei buscar meus amigos pelo WhatsApp pra um suporte emocional (meus pais me tranquilizaram muito também).

Minha consciência tá tranquila. Achei que a recrutadora foi muito rígida ao julgar a gente pelo nervosismo (porque foi a única coisa que eu deixei passar), mas também acho que foi uma mensagem pra mim que não é o meu momento. Talvez eu realmente não esteja pronta pra esse tipo de trabalho, começar na Emirates direto. Talvez eu deva começar pequeno, voando pelo Brasil pra aprender, evoluir e depois expandir.

Porém não vou desistir. Fiz as contas e em outubro já posso tentar de novo. Eu só não sei se vou pro AD de novo ou se zero tudo e volto pro OD. Mas isso eu descubro com o tempo. Agora é focar nas seleções aqui no BR e bola pra frente.

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