Ei, pessoas! Tudo bem? Faz tempo que não escrevo uma song-fic. Esses dias estava ouvindo o álbum "W" da Wanessa (o único álbum que gosto dela) e a música "Louca", que sempre me chamou atenção, me fez pausar tudo e abrir o Word. Escrevi a história na hora. Continua lendo pra ver como ficou!
Me revirei na cama mais uma vez e finalmente abri os olhos para encarar o relógio digital na cômoda ao lado. Marcava duas horas da manhã. Era outra madrugada sozinha, perdida, buscado o calor daquela pele que não sentia a mais de meses. Traumatizada por falta de amor. Me joguei para fora da cama e caí no chão na forma de lobisomem. Eu havia perdido o controle daquela parte de mim. Havia se tornando o meu maior pesadelo. Bastava eu fechar os olhos que meus pensamentos se voltavam à ela, me levando à loucura. Aquele monstro havia tomado conta.
Todas as noites estavam sendo assim. Desde que Olga terminou comigo, eu passava noites em claro, riscando seu nome com minhas garras na parede. O meu normal havia se tornado aquilo; eu estava louca. Pulei pela janela para a rua, voando pelas ruas como o vento a procura daquele cheiro. Eu precisava encontrá-la para assim despertar daquele sonho que me deixava vê-la, mas não amá-la.
Não precisei correr muito. Logo encontrei um grupo de amigos ao redor de uma fogueira na praia. Ela estava entre eles, cantarolando músicas que estavam sendo tocadas por um garoto magricelo. Me aproximei de um arbusto e fiquei observando dali, em silêncio até que decidi voltar à forma humana para poder falar com ela. Eu precisava tocá-la.
Ao me aproximar do grupo, alguns me viram o que fez com que Olga se virasse pra me olhar também, ficando surpresa. Quando cheguei até ela e peguei seu braço, ela recuou.
- O que faz aqui?
- Vamos conversar. Por favor. - implorei
Ela olhou desconfortavelmente para seus amigos e indicou que iria dar uma saída. Levantou do tronco de madeira e se juntou a mim para andar pela beira do mar. Ela estava nervosa.
- Desculpe. Eu precisava ver você.
Sua mão estava trêmula ao lado do corpo. Depois de um tempo percebi o que aquilo significava. Ela estava com medo de mim.
- Ei, está tudo bem. - falei segurando a mão dela. Ela baixou a cabeça para olhar nossas mãos juntas - Eu não vou te machucar.
Paramos uma de frente para a outra. Olhei bem para ela, tentando memorizar seu rosto, suas feições. Talvez fosse a última vez que nos veríamos. Estendi o braço para pegar uma mecha do seu cabelo escuro e ela se encolheu com o movimento, mas depois cedeu. Me senti segura pra dar mais um passo. Ficou assim desde aquela vez que descobriu sobre o que eu era. Mas eu nunca, na minha vida inteira, ousaria machucá-la. Ela era tudo pra mim. Sempre seria.
- Eu só preciso ouvir que você não me ama mais. Que você não acha que vale a pena correr esse risco pra ficar comigo. - assumi - Eu fiz de tudo… Te dei corpo e alma. Sei que exagerei, mas não existe no mundo outra pessoa que te ame mais do que isso.
Ela negou algumas vezes. Eu estava pronta para ir embora, quando ela pulou no meu pescoço me beijando e então eu soube a resposta.
Escute a música que inspirou esse post:
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